quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Vida Interior


 

Muitos pensam que a Vida Interior, a vida de união com Deus, consiste apenas na vida de oração e intimidade com Deus mas na verdade, a Vida Interior consiste na vida de oração e no cumprimento dos nossos deveres.
Sim, tão importante quanto manter um diálogo com Deus, é cumprir nossas obrigações pertinentes ao nosso estado de vida e às responsabilidades inerentes à ele.
E como é difícil e tão facilmente esquecido por nós essas obrigações pertinentes às nossas funções.
Não adianta querermos salvar o mundo sem cumprir primeiro nossas obrigações diárias.
Como agrada a Deus, a busca da perfeição no cotidiano de nossas vidas, seja no trabalho, no estudo, no ambiente familiar, no lazer.Realmente é mais difícil alcançar essa fidelidade e essa constância nas situações mais corriqueiras da vida.
Estamos prontos a nos jogarmos nas chamas para defender a fé mas somos incapazes de chegarmos no horário certo nos compromissos marcados.
Queremos derramar o sangue por Cristo mas ao menor descontentamento falamos mal daquele que considerávamos nosso amigo.
É um mistério a Vida Oculta de Nosso Senhor, onde passou trinta anos de seus trinta e três anos de sua vida terrena no mais profundo escondimento e silêncio, trabalhando de forma ordinária, com o suor do rosto, para a salvação das almas.
Segundo os santos, Nosso Senhor deu mais Glória a Deus, vivendo durante trinta anos uma vida escondida, que durante os anos em que Se revelou ao mundo.
Aquele que reza com fidelidade e sinceridade e cumpre seus deveres, tem vida interior.
A nossa meta é muito alta e essa é a nossa maior motivação para perseverarmos no caminho da santidade.Nunca estamos satisfeitos.É preciso sempre mais, crescermos na fé, na esperança e no amor. Amor a Deus e ao próximo.
Essa vida rotineira, onde todos os dias nos deparamos com as mesmas pessoas, talvez até pessoas que não nos agradam, nos santifica através da oração interior e da imitação da Vida de Cristo.
Quem tem vida interior tem uma vida cheia de renúncia, até ao ponto de renunciar àquilo que, no seu ponto de vista, seria para a glória de Deus.
Desse modo, estará imitando o Senhor, que renunciou a si mesmo, por amor ao Pai.
A Vida Interior tem seu maior fundamento na vida humilde e simples da Família de Nazaré.
Uma vida de muita renúncia, trabalho, oração e amor.
Não só rezar, é preciso cumprir com fidelidade os pequenos encargos que estão sob nossa responsabilidade.
Isto é carregar a "cruz de cada dia"  que nunca está sozinha.Nosso Senhor está com ela.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Aquele que salva



Uma pergunta que invade nosso coração de católico é a seguinte: Será que se vivêssemos na mesma época em que o Senhor viveu seu tempo de vida mortal, o reconheceríamos?
Muitos judeus, tidos como " puros", ficavam escandalizados com Jesus: " Como pode o Messias tocar em mulheres de má vida, comer com pecadores públicos, defender os marginalizados, aqueles tidos como desgraçados pela sociedade.."; e então, pouco a pouco iam perdendo a fé no Salvador.
Jesus significa " Deus salva"; Aquele que vem para salvar.
Pois bem, e se fôssemos nós que estivéssemos vendo Jesus se aproximando de pecadores, o que faríamos?
Interessante que Jesus não chamou nenhum " judeu puro" para participar do Seu Ministério, do Seu Colégio mas sim, homens de coração simples que não se julgavam capazes de atingir tamanho grau de pureza exigido pelos mestres da lei.
De fato, como Nosso Mestre nos ensinou, a bondade não é para quem merece, é para todos, para os bons, para que sejam melhores e para os maus, para que se convertam e sejam bons.
Nosso Senhor veio trazer esperança de Salvação àqueles que tinham perdido a esperança.
E eram justamente essas pessoas que demonstravam mais gratidão ao Divino Médico, pois o Senhor mesmo diz: " Demonstra muito amor, a quem foi perdoado muito".
Nosso Senhor destruiu a heresia que predominava na cultura judaica, que é a heresia de salvar-se pelos próprios méritos, sem precisar de um Salvador. Ou seja, basta cumprir os preceitos presentes na lei de Moisés, que serei salvo.Em outras palavras, só preciso do meu esforço para me salvar.
Até mesmo os sacrifícios oferecidos, acabavam por se tornar " ritos vazios", pois bastava oferecer sacrifícios para se considerarem perdoados, mesmo sem arrependimento.
E Nosso Senhor conhece os corações.Os ritos antigos funcionavam como pedagogia, como preparação para o verdadeiro Rito.
Os sacrifícios antigos apontavam para uma única direção: O Sacrifício Redentor de Cristo na Cruz.
Mas por estar sendo usado de forma desonesta, os próprios judeus não conseguiram enxergar essa   "direção"
Enfim, todos nós corremos o grave risco de não reconhecermos Jesus no caminho.
O primeiro passo é reconhecer, no mais profundo do coração: " Eu preciso de um Salvador."
Vem Senhor Jesus.