domingo, 19 de outubro de 2014

Judas Iscariotes

Quando Jesus chamou Judas Iscariotes, Ele não o chamou para O trair, mas para a santidade. Judas Iscariotes não nasceu para trair Jesus, nasceu para ser santo.
Jesus conhecia perfeitamente todas as fraquezas e más tendências de Judas e por isso o chamou : " Eu conheço aqueles que escolhi."
Jesus olha nos olhos de Judas, abre-lhe um sorriso amoroso e o chama.
Judas então, passa a seguir Jesus. Mas não O segue como um discípulo amoroso, que sente prazer e alegria em estar ao lado do Mestre. Judas vê Jesus como um comandante, como alguém que vai libertar os judeus do jugo romano.
Daí então, as fraquezas de Judas vão se tornando, passo a passo, cada vez mais evidentes. Judas não entende como Jesus possa querer comer com os pecadores. Não entende como Jesus possa ter tanta misericórdia, em quem, na visão de Judas, não mereceria nem mesmo um olhar.
E Judas, no seu íntimo, começa a criticar Jesus, começa a sentir raiva da misericórdia de Jesus.
Talvez Judas pensasse que se o pecador se arrependesse, ele precisaria ainda sofrer muito por tudo àquilo que fez, e só depois, talvez depois de muito tempo, poderia ser-lhe dado o perdão.
Judas Iscariotes tinha raiva da misericórdia de Jesus. Não aceitava que Jesus pudesse ser tão misericordioso e compassivo com os pobres pecadores.
Então a multidão, sedenta de Deus, sedenta de esperança, sedenta de perdão, começa a seguir Jesus.
A fama de Jesus cresce. Seu domínio sobre a natureza, sobre os demônios, sobre os corações e mentes, o poder de perdoar pecados, revelam que Jesus possui também, uma natureza divina.
Então, dentro de Judas, começa a brotar outro sentimento terrível e satânico, a inveja.
Judas tinha inveja da fama de Jesus e Judas tinha inveja da bondade que Jesus tinha para com os pecadores públicos. Judas não aceitava isso.
Na verdade, Judas, conhecendo um pouco àquilo que se passava dentro de si, duvidava do amor que Jesus nutria por ele. Sim, Judas era aquele discípulo sempre distante e até mesmo um pouco desconhecido para o restante do Grupo dos Doze. Tanto é verdade que na Última Ceia, quando Judas se retirou da Mesa, os discípulos não sabiam e não entendiam a atitude de Judas.
Cada atitude de Judas, cada ressentimento, cada inveja, cada ciúmes, raiva, ia, pouco a pouco, o afastando do Coração de Jesus.
Judas, então, deixa-se dominar por suas más tendências e fraquezas, e nesse momento, quando se deixa conduzir por seus instintos e duvida do amor que Deus tem por ele, a maldade toma conta do seu coração.
E o demônio, que ainda não sabia quem poderia ser o traidor de Cristo, começa a seduzir e investir em Judas.
Judas aceita a tentação e, ao premeditar a traição de Jesus, o demônio entra nele.
Jesus ainda tenta arrancá-lo das mãos do demônio mas Judas não tem fé suficiente para acreditar no amor salvador de Cristo.
Então Judas se desespera e comete suicídio.
Não sabemos o destino de Judas.
Sabemos somente que Judas, ao ser chamado por Jesus, foi chamado para reinar com Cristo na eternidade.
Foi chamado para a santidade.






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